sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

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Há invernos na estação
Com palavras
Ditas entre palavras sem encontro
Como se nada existisse
Perambulando estradas contínuas
Repetidas

Do nada nasce algo?
Se não, a resposta sempre houve
E por que a perguntamos?
Por que queremos saber o que sempre aí esteve
Colocado entre nuvens e nuvens e nuvens
Numa repetição sem fim?
Porque tudo o que fazemos de novo
Novo não é
É tão antigo que nem começo teve
Que nem fim terá

Elio Cunha