Quero o poema
reluzindo argênteo,
Como escamas de
peixe sob o sol,
Ao salto das
cachoeiras do Teotônio,
Compondo seus
matizes do arrebol.
Majestoso,
dance suave e elegante,
Como nos
campos, a valsa dos lírios;
Ousado, com
força sobrepujante,
Revele ao mundo
os esconsos martírios.
Lançado aos
sulcos de Ceres fecunda,
Possa brotar
como ínfimas pevides
Que carregam a
promessa profunda
De frutos
maduros: vindoura messe.
E o poema, para
que não o olvides,
Tornará
procura, sagrada prece.
Elio Cunha
À época em que havia Teotônio.